2º Capítulo

No dia seguinte, ela acordou com sua tia esmurrando a porta do quarto.

-Acorde menina!!! Vai fazer o café!!

Alice, por um motivo desconhecido até mesmo por ela, acordou de muito mau-humor mas, mesmo assim , foi fazer o café sem reclamar.

Quando desceu, a tia começou a reclamar que ela tinha demorado muito e ficou num blá blá blá incessável . Eles se sentaram para tomar café e ela não parava de reclamar. Alice não se aguentou.

-CALA A BOCA!!!! PELAMORDEDEUS CALA ESSA MALDITA BOCA!!!

Todos se sobressaltaram e Amanda ficou de boca aberta.

-Vou sair- declarou Alice.

Ela passou pelo quarto, colocou um jeans surrado, sua camiseta amarela favoritae sua jaqueta de moletom, enfiou a carta no bolso e saiu. Meia hora depois ela estava no isolado parque de diversões do bairro, sentada num balanço enferrujado, pensando se abria ou não a carta. De repente, ela escuta uma voz fina e delicada dizer:

- Você também recebeu, não foi?

Ela se sobressalta e olha em volta. Lilly Fletcher sorri para ela:

-A carta- diz ela - Você também recebeu, não foi?

-Como você sabe?

-Eu recebi! Eu estava tão ansiosa por isso e meus pais também...

Alice a deixa tagarelando enquanto se perde em seus pensamentos. Lilly Fletcher era a garota masi esquisita do bairro e da escola e, ainda sim, era masi popular que ela. Como ela sabia? Do que se tratava aquela carta? Só tinha uma maneira de descobrir...

-Ei!!- gritou Lilly, mais uma vez sobressaltando Alice- Você estava me ouvindo?

-Não, desculpe-me. É que eu ainda não abri a carta e estava pensando do que se trata...

-Então abra logo!! É uma ÓTIMA notícia!!

Ela hesitou, mas abriu a carta, que dizia assim:

Alice Mattfield,

Nós da Battle And Magic estamos a convidando para estudar em nossa escola. A senhorita terá uma bolsa integral com tudo o que precisa.

Seu material será entregue após sua seleção na escola.

Você irá para o Castelo Principal dia 31 de setembro. Esteja na casa de James e Michelle Fletcher ao meio-dia do mesmo.

Respeitosamente

Marta King

Alice ficou boquiaberta. Nunca pensou que isso existisse! Como tudo aquilo era possível? Será que era mais uma pegadinha da sua prima?

-E aí?-perguntou Lilly num misto de alegria, ansiedade e impaciência- Você vai aceitar? Se for, arrume suas malas logo. Isso é daqui a três dias.

-Eu quero uma prova- disse Alice com a voz dura e fria

-Como assim?

-Bom, sua familia também é assim, não é? Então, eu quero uma prova de que seja verdade.

-OK!

Dizendo isso, Lilly pegou um punhado de plantas especificas e colocou na mão em concha.

-Bom, não sou muito boa com cura em elemento Terra, mas vou tentar fazer algo simples.

Ela fechou a mão em concha com os dedos virados para lados opostos e fechou os olhos. De repente, um clarão verde saiu de dentro de sua mão. Quando abriu. uma mistura luminosa estava lá.

-Não pude deixar de reparar nesse arranhão no seu braço- disse ela apontando para a seqüela de um tombo na Educação Física- Isso vai fqazer cicatrizar mais rápido . Estenda o braço.

Alice, um pouco apreensiva, estendeu o braço machucado. Lilly se aproximou e colocou a mistura sobre o arranhão.

Alice sentiu o lugar em que a mistura tocou ficar gelado. Lilly retirou as mãos e a mistura ficou ali por um tempo, brilhando esverdeada. Quando parou de brilhar, o arranhão havia sumido. Em seu lugar havia apenas uma cicatriz quase invisível. Lilly se aproximou para ver o resultado

-Há! Ficou melhor do que eu esperava!-exclamou satisfeita. Então olhou para Alice- E aí, convencida?

-Hmmm... Dia 31, ao meio-dia, na sua casa, né? Perfeito!

Lilly riu alto e as duas foram para casa conversando. Alice pensava em qual seria a reação dos tios ao saberem da novidade...

Edit: editei o nome dos pais da Lilly.